Para começar bem 2013 vamos à continuação do tópico A Babilônia da
Estampagem, de julho de 2012.
Então: para evitar os mal entendidos citados anteriormente, como poderíamos
padronizar as nomenclaturas dos processos de conformação de chapas de forma
racional? Onde se encaixariam os termos comumente usados, como repuxo, embutimento,
estampo, corte, estiramento e etc?
Bom, para poder responder a essa pergunta, acho que o melhor é perguntar
para a própria chapa! Com isso me refiro ao que acontece com a chapa durante a conformação,
mais exatamente ao estado de tensões dominante em uma determinada situação de conformação.
A partir do estado de tensões predominante conseguimos diferenciar o que está
ocorrendo no processo e isso possibilita tomar medidas para corrigir problemas
ou melhorar o processo. A Figura 1 mostra os quatro processos existentes de conformação
de chapas, de acordo com os estados de tensão possíveis.
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Figura 1: Classificação dos
processos de conformação de chapas quanto ao estado de tensões dominante.
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Pode-se discutir se corte é um processo de conformação de chapas.
Na verdade é um processo de separação, porém é comum alinhá-lo junto com os
outros três processos, pois na prática é sempre necessário cortar o blank ou a
peça em algum momento do processamento.
Para deixar ainda mais claro, a Tabela 1 mostra ainda os termos usados
na Figura 1 traduzidos para o inglês e o alemão.
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Tabela 1: Processos de conformação de chapas e equivalentes em inglês e alemão. |
Agora que temos a classificação da Figura 1, podemos acrescentar os
termos coloquiais da melhor maneira possível, de acordo com seu uso no dia a dia. A Figura 2 mostra o resultado.
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Figura 2: Relacionando os
termos coloquiais com os da classificação mostrada na Figura 1.
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“Estampagem” é amplamente usado para denominar processos de conformação de
chapas em geral.
“Repuxo” é também muito usado, normalmente referindo-se à uma combinação
de embutimento e estiramento.
“Estampo” é usado em alguns recantos do sul do Brasil no lugar de corte.
Nas demais regiões usa-se o termo para denominar uma parte importante da
ferramenta (a base com suas colunas) ou mesmo a ferramenta inteira.