28 setembro 2011

Vídeo: fábrica de facas na Alemanha


Esta fábrica fica em Solingen, Alemanha, tradicionalmente conhecida pela tradição centenária de fabricação de facas e espadas. A fábrica mostrada abaixo é a Zwilling J. A. Henckels.

A Zwilling J. A. Henckels existe desde 1731, sendo uma das marcas mais tradicionais do mundo! A empresa tem uma página em português com muitas informações, inclusive sua história, AQUI.

A matéria-prima entra na fábrica em forma de bobina, que é então cortada em blanks individuais. Apesar do alto grau de automação, se passam três semanas desde o início da produção até a saída da faca pronta. São facas de alta qualidade, e o vídeo provavelmente não mostra algumas etapas confidenciais. A começar pela liga de aço inoxidável utilizada, que é um segredo da empresa.

As facas passam por processos especiais de tratamento térmico, tanto a baixíssimas quanto a altas temperaturas, com objetivo de conferir resistência a corrosão e tenacidade. Após o tratamento térmico qualquer distorção causada pelo calor é eliminada por um especialista, manualmente, com o uso de um martelo especial. Cada faca é inspecionada individualmente. Esse controle de qualidade não é possível ser feito por máquinas. 

Após isso os robôs assumem novamente, em etapas de retífica e polimento automatizado. O polimento e afiação final são feitos manualmente de novo, e a faca então é embalada e vai parar na cozinha de alguém.

Fonte: http://www.popsci.com/technology/article/2011-09/how-chefs-knife-made

21 setembro 2011

Arte feita com chapas

Neste post não vou falar de problemas técnicos, soluções mirabolantes ou tendências da indústria. E quem disse que a conformação não combina com arte? Deem uma olhada nas fotos abaixo e tirem suas conclusões! Houve um tempo em que as peças de chapa eram conformadas em formas suaves e arredondadas, exuberância de curvas e efeitos visuais. Cá entre nós, os carros de hoje em dia, por mais aerodinâmicos e modernos que sejam, não possuem o charme das máquinas mostradas abaixo.

ARTE FEITA EM CHAPA!

Corvette da primeira geração, ano 1960





Corvettes enfileirados




Corvette Stingray conceito




Corvette Stingray conceito - vista traseira




Ford coupe Pristine de 1950




Corvette C3, com bagageiro externo, pneus e rodas especiais




Um Mustang sedento sendo abastecido




Camaro












Buick Electra 225 conversível



Buick Electra 225 conversível e seu incrível painel
Buick Electra 225 conversível e seu rádio exclusivo


Formação de Corvettes




Capô de um Stingray C2 conversível




Stingray C2




Chevrolet Bel Air Nomad de 1956




Chevrolet Bel Air Nomad de 1956




Chevrolet Bel Air Nomad 1957




Chevy-truck dos anos 60. Símbolo de uma era.




Buick Century 1958 coupe customizado




A "barbatana" do Buick 1958




Cara de brabo do Buick 1958




Stingray C2 conversível




Chevy Impala conversível




Corvette C3

Fonte: Popular Mechanics

12 setembro 2011

Um pouco de história...

Conformação de metais é uma das mais antigas atividades humanas. É interessante citar que já se fazia conformação antes mesmo de se desenvolverem as técnicas para extrair os metais de minérios. De onde vinha então a matéria-prima? De meteoritos!
Meteorito metálico




Meteoritos metálicos tem uma composição semelhante à do aço, por isso as ferramentas fabricadas com eles possuíam propriedades superiores. Já se usavam meteoritos muito antes de se conseguir produzir o aço! Dá para imaginar o valor que um punhal ou uma espada tinham na idade do bronze!
Os antigos sumérios (6.000 a.C.) já faziam uso de meteoritos metálicos.


A palavra em sumério AN.VAR significa ferro celestial, ou ferro das estrelas. Um exemplo de ferramenta fabricada com aço de meteoritos é o punhal encontrado na tumba de Tutancamon, no egito.

Punhal de aço do Rei Tutancamon

Existem registros históricos semelhantes nas antigas Mesopotâmia, Egito, Afeganistão, América Central e Oriente Médio. Nesta época, o ferro meteorítico era considerado um material muito mais valioso que o Bronze, a Prata e o Ouro.
 
Os primeiros registros históricos da fabricação do ferro datam de 2000 a.C, na região da Anatólia (atual Turquia).


Atividade siderúrgica no Egito antigo.

O desenvolvimento de técnicas para fabricação de ligas metálicas, denominada siderurgia, representou uma revolução para as antigas sociedades. Para se ter uma ideia da importância, veja a passagem da bíblia:

„...terra em que comerás o pão sem escassez, e onde não te faltará coisa alguma; terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes poderás cavar o minério.“
Deuteronômio 8:9 
 

Alto forno primitivo
Na Europa, a idade do ferro inicia-se por volta de 1200 a.C. Nessa época os processo utilizados não permitiam a obtenção de uma matéria prima de qualidade, contendo elevado grau de impurezas. 

A fabricação de ligas ferrosas na idade média era uma atividade que exigia muita experiência e cercada de mistérios. A técnica foi mantida em segredo por representarem uma vantagem estratégica nas guerras.

Siderurgia na idade média

O material produzido na época não podia ser utilizado diretamente após a fundição, sendo necessário reaquecer o metal e bater com um martelo, dando-se assim a forma desejada ao mesmo. Ou seja: conformando.

Forjamento de uma ferramenta na idade média

O primeiro processo de conformação a existir foi provavelmente o forjamento com martelo de um pedaço de metal maleável ou aquecido a altas temperaturas para torná-lo maleável. As técnicas usadas permitiam a confecção de foices, punhais, pregos, espadas, martelos, armaduras, etc. O forjador, ou ferreiro, era uma pessoa muito disputada, sendo que nas guerras eram poupados e mudavam de senhor volta e meia.


Espadas: uma das armas mais letais na idade média e cujos segredos de fabricação eram dominados pelos ferreiros

Durante séculos a conformação de metais continuou sendo um processo de fabricação artesanal. Somente após o desenvolvimento de materiais de melhor qualidade e máquinas para automatizar os processo (Revolução Industrial) é que começaram a surgir novos processos, até chegar no estágio em que estamos atualmente.